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terça-feira, 18 de maio de 2010

Ato Final

Vai viver longe de mim, afinal o que eu fiz pra merecer?
A união de nossas almas morreu por antecipação

Precipitei-me em ver-te como a mulher amada

Dona de casa amada pelos filhos

Jurada de vida até a morte



Agora vou me acomodar

Começar do chão pra nascer pode ser que um dia lá num futuro

Venha me abraçar um anjo aleijado, cego e quase surdo

E só assim poderá viver ao lado teu, sem qualquer preocupação

Em me sentir chorar debaixo do chuveiro



Teu maior inimigo é minha mão

Pois ela te acena um adeus que não enxergarás daqui

Deixo os meus versos, a minha vida pela tua

E se acaso lembrar estarei aqui

Esperando-te pra jantar...

 
 
Homenagem para alguns amigos de um passado recente na memória.

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