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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

DAS SENSAÇÕES QUE TENHO


Muitas vezes vem–me a agonia,

E o sentimento de impotência.


Fazer o quê? Dói, me corrói, parece tão simples, mas vai passar.


A dor é mútua, porém dói mais em mim do que nele.


Ver o choro incessante, tão alto quanto o silêncio que em mim paira,


E a voz que sussurra de um ‘faz parar’.


Então faço minhas promessas, as melhores promessas que habitam em mim, solto o canto enquanto ele me dá o seu encanto, ofereço o meu mais nobre sorriso, e deixo o meu olhar tomar conta do dele. Aí sinto–me em êxtase.


Eu rezo, eu vejo a dor partir.


Vejo–o dormir feito um anjo,


Me da o seu mais belo sorriso de agradecimento, e apesar de ser involuntário, entranha em mim e esculpi o presente eterno.


Agora vou dormir, é um sono leve, onipresente, atento,


A qualquer ruído.


Não diminui sensações que me dominam, que residem em meu ser e em meu coração.


De agora em diante será desse jeito, por isso serei esplende, cerrada até os dentes e forte.


Ele precisa de mim assim,


E serei seu porto seguro, seu cais.


Das coisas mundanas virão, as dores também agregadas, apenas novas e velhas, porém sempre dores, as promessas meio quebradas, assim calejadas não tão fortes como antes.


Já não prometo que irá passar, mas que aqui meu beijo, meu canto e meu colo, esses não passarão.


Pois serão como remédio, pra qualquer problema. E assim mesmo farei as mesmas promessas de que “Vai passar meu filho, tudo isso vai passar.”


Bem que depois eu sei que vou chorar, não por tristeza, mas por ser forte demais, e isso cansa.


É um choro particular, é meu sem tocar, é um amargo de querer bem. E ele dormirá.


E quando aquele sorriso vir à tona, verei o quão faz bem estar bem,


Mesmo que esse sorriso não seja só meu,


Ele continuará sendo minha maior e mais bonita herança.






Rafael Pacheco *






(*Adaptado do texto de Ana Paula Eremita)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

MINHA INCLINAÇÃO


Das miragens que tive, nenhuma pareceu tão perto

Tão certo;

Quanto um rio que corre. Tão esperto.

Esperto como assim chegastes, com riso, transformando em paraíso.

Que cabe na palma de tuas pequenas mãos,

Mãos que carregam, sustentam, e afligem

Dois corações

E seguras forte, pois sinto que sente, eu sinto.

E que vai pulsando a cada momento, cada imensidão

Cada gesto;

Que quando cai, semeia orgulho e paixão.

E sei que o instante de existir é verdadeiro, pois outrora te vi

Vi dono dos órgãos, esses que habitam num ser

E é tão bom te ver crescer, ver euforia de quem chuta vida pra frente,

Quem chuta uma bexiga.

Hoje consigo soletrar das frases deste vasto mundo,

Das aflições, das tristezas.

Será que conseguirei imunizar, entretanto me acentuastes, botastes a crase, me embelezastes a frase.

E no verbo sou primeiro. Do singular.

Será que serei casto? Ficarei sóbrio?

Vou engarrafar minha alegria, minha euforia,

E assim tomarei das tristezas e alegrias da vida

De copo cheio.

Se me perdi, não fui indiferente,

Foi o meu modo de te achar (ou me achar)



Rafael Pacheco
Escorre aos litros o amor ...