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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

MINHA INCLINAÇÃO


Das miragens que tive, nenhuma pareceu tão perto

Tão certo;

Quanto um rio que corre. Tão esperto.

Esperto como assim chegastes, com riso, transformando em paraíso.

Que cabe na palma de tuas pequenas mãos,

Mãos que carregam, sustentam, e afligem

Dois corações

E seguras forte, pois sinto que sente, eu sinto.

E que vai pulsando a cada momento, cada imensidão

Cada gesto;

Que quando cai, semeia orgulho e paixão.

E sei que o instante de existir é verdadeiro, pois outrora te vi

Vi dono dos órgãos, esses que habitam num ser

E é tão bom te ver crescer, ver euforia de quem chuta vida pra frente,

Quem chuta uma bexiga.

Hoje consigo soletrar das frases deste vasto mundo,

Das aflições, das tristezas.

Será que conseguirei imunizar, entretanto me acentuastes, botastes a crase, me embelezastes a frase.

E no verbo sou primeiro. Do singular.

Será que serei casto? Ficarei sóbrio?

Vou engarrafar minha alegria, minha euforia,

E assim tomarei das tristezas e alegrias da vida

De copo cheio.

Se me perdi, não fui indiferente,

Foi o meu modo de te achar (ou me achar)



Rafael Pacheco

3 comentários:

Ana disse...

Lindo... me emocionei! Parabéns pelo texto. LEmbrei de muito o que vivi.

Anônimo disse...

Meu querido amigo, que lindo!! será esta a música do Julio? belíssima, obra prima de sentimento expressado em versos,vc é um talento no anonimato, parabéns! saúde pra vc e sua família.

abraço,
Ivana

Rafael Pacheco disse...

Minha querida amiga Ivana, grato sempre contigo.